Le Ministère de la Culture et de la Communication a inauguré hier la troisième édition de Monumenta, manifestation artistique dont le but est celui de présenter une œuvre inédite conçue par un artiste contemporain de renommée internationale spécialement pour la Nef du Grand Palais. Cette année, l’exposition a été confiée au plasticien français Christian Boltanski, connu surtout pour ses installations, mais aussi pour ses photographies et sculptures, qu’il développe depuis les années 1970. Intitulée « Personnes », l’installation de Boltanski s’étend sur une surface de 13 500 m², où des centaines de milliers de vêtements usagés sont disposés par terre en gros rectangles qui, accompagnés d’un bruit rythmé et constant, peuvent rappeler les wagons d’un train qui conduit des réfugiés vers l’inconnu.
Pour Christian Boltanski, tel qu’un portrait, un vêtement usagé est une trace qui renvoie à un sujet absent, à une vie passée. Objet éphémère qui forge notre mémoire affective et donc notre singularité, il représente la fragilité de la vie, l’inconscient et la mort, thèmes récurrents dans l’œuvre de Boltanski. Une œuvre d’art d’une force psychologique particulière et de conception assez classique, finalement.
O Ministério da Cultura e da Comunicação inaugurou ontem a terceira edição de Monumenta, evento artístico que tem como objetivo apresentar uma obra inédita concebida por um artista contemporâneo de renome internacional especialmente para a nave do Grand Palais. Este ano, a exposição foi confiada ao artista plástico francês Christian Boltanski, conhecido sobretudo por suas instalações, mas também por suas fotografias e esculturas, que ele desenvolve desde os anos 70. Intitulada “Pessoas”, a instalação de Boltanski se estende sobre uma superfície de 13 500 m², na qual centenas de milhares de roupas usadas estão dispostas em grandes retângulos que, acompanhados de um barulho ritmado e constante, podem lembrar os vagões de um trem que conduz refugiados ao desconhecido. Para Christian Boltanski, tal como um retrato, uma roupa usada é um traço que remete a um sujeito ausente, a uma vida terminada. Objeto efêmero que forja nossa memória afetiva e consequentemente nossa singularidade, ele exprime nessa instalação a fragilidade da vida, o inconsciente e a morte, temas recorrentes na obra de Boltanski. Uma obra de arte de uma força psicológica particular e de concepção bastante clássica, finalmente.
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