O Instituto do Mundo Árabe acaba de imaugurar uma exposição dedicada à arte contemporânea palestina. Logo na entrada somos surpreendidos por um vídeo que exibe um desfile de moda com manequins masculinos de barriga exposta, uma metáfora dos check points das fronteiras, onde todo dia soldados israelenses revistam palestinos afim de verificar se eles escondem armas ou explosivos. Em seguida somos confrontados à vida cotidiana dos campos de refugiados, às lembranças, desgostos, sonhos e pesadelos de um povo traduzidos por dezenove artistas da fotografia, do vídeo, da pintura, da escultura e da instalação. Suas obras tratam freqüentemente das noções de exílio e de identidade e refletem a experiência palestina dos últimos sessenta anos com uma emoção à flor da pele, em toda a sua tragédia e sua força. Eu só pude partir em silêncio.